segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rezar não vai adiantar.



Aquelas pessoas e aquelas mesmas reações.
Paralisadas em um tempo
que paralisia é quase
fundamental.

Mortos, não em seus corpos,
em suas vidas.
Simplesmente não vivem.
Deixem tudo para quando a chuva passar.
E a chuva
nao
vai passar, querida.
Ao menos não como se imagina.

Seus ultimos dias
e tudo que foi feito é descartado.
Voce simplesmente tem medo
do pós e esqueceu-se disso
durante todos os anos que passou
em cabares e bares.
E se isso não te encheu completamente,
bem,
voce realmente tinha problemas.

'Não é assim que eu imagino os meus ultimos dias',
diz ela.

- Agora voce ja pode ir embora, seu cretino e leve toda essa porra de carinho que voce diz ter.
- Calma benzinho, as vezes eu te amo mesmo!

Aquela mulher,
no alto de seus 1, 63
e com aquela camisa
da sua banda preferida,
queria entender sobre a vida e a morte.

Baboseiras,
mulher,
voce entende melhor do que
deseja
e o que deseja
é algo que não está longe.

Como Scarlot Harlot,
ou Mata Hari,
seus cabelos negros,
seus olhos negros,
seu amor negro,
humor acido.

E ela se divertia
e via as pessoas passando
e ela xingava todos eles
porque sentia-se bem assim
e simplesmente entregue
a cada um de seus xingamentos
e ela bebericava daquilo que carregava na mao,
o qual nao pude identificar.
Algo com menta.

"Rezar não vai adiantar, baby"

Ela me disse
quando pensei em apelar para o que
não se pode ver.

"Rezar realmente vai te matar".

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Escritos Sobre Prostitutas.



Cena 1.
Festas. As mais e melhores. Aqueles sorrisos falsos. Mulheres. Homens. Saidas sem saidas. Gargalhadas capengas, mesmo que por motivos banais. A cor da folha quando cai altera o que se entende por folha. Entristece a cor. Assim como uma puta quando dorme, ou se esvai no seu quarto, quando o cara paga e vai embora. Dinheiro amassado em cima da comoda, onde acomoda suas roupas, maquiagem barata e todos aqueles pentes.

Cena 2
Tambem querem um amor. Amar. Ser algo por algo. Não só ser nada por algo. Vazia. Rispida. A lembrança é sempre esquecida pelo proximo a bater a porta. Dinheiro amassado entre seus peitos. Que peitos. São ponto de referencia de seu trabalho. Ela foi uma jovem. Agora é uma jovem triste, que vê no sexo sua valvula de escape e depois se enche de nada mais uma vez. Agora ela era rainha. Agora e depois desse momento ela voltaria ao seu estado de graça.

- As vezes eu sinto que não devo sentir nada. Apenas me abrir toda e deixar que voce meta como julgar melhor. Mas eu ainda acredito.

Cena 3.
- Ei mulher, venha até aqui e me traga alguns copos ou algumas garrafas.

Apure o bom gosto desses bordeis e entenda porque os homens os procuram. Não se trata so de beleza. Trata-se de liberdade tambem. De libertinagem. As vezes alguns homens procuram. Alguns as vezes sentem medo. É um mundo convidativo mas perigoso. Elas são lindas. Você pode apaixonar-se e isso é cilada. Apaixone-se.

Velho Charles apaixonou-se e hoje colocou o nome dela numa dessas cadelas que se encontra na rua. Ouvir seu nome o trai os sentimentos. Chora.

Cena 4.
Via-se nela escritos em seu corpo. Poemas tortos e torpes. Era só amor, completamente amor. "Voce não passa de um romantico" Ela me disse.

Mas eu tambem sei ser um puto. Sei enxergar sexo em voce e me esvazio de pensar. Fico duro e preciso que voce o sinta assim. Mulher, é o que você me faz, não o que você é. É o seu tato apurado no meu pau. É isso que eu quero de você. É o amor que só uma verdadeira puta sabe dar. É isso que eu quero de você.