domingo, 10 de março de 2013

Em Busca do Meu Melhor.

Ouço coisas que
de fora soam bem.
Como blues, jazz,
ou a história de outros.

Continuo com esse cigarro
agarrado a boca,
enquanto ouço todas essas coisas.
Uma delas é tua voz.

Os versos se ameaçam
na busca do melhor ...

mas ele não vem.

Por preguiça,
por modéstia,
por ego ou nexo,
por amor.

Mas no final
o que pode ser dito
e o que pode ser
compreendido
é que

O sorriso é meu,
em meu rosto.
Teu olhar é meu,
em minha face.

E meu amor não para,
mesmo que eu
pare!

Brenda, eu te amo.

sexta-feira, 1 de março de 2013

A Grande Viagem.

É como se num estalar
de sensações,
meu corpo caísse
apenas dentro de mim
e a vida se repetisse
em forma de slides
passando em meus olhos.

Como se fossem cômicos,
ao menos tempo que
nostálgicos.

É como se neles
reconhecesse teu rosto,
teu cheiro e todas aquelas
tuas manias tolas.

E ao final,
minha voz fica mais
leve,
calma,
macia,
como se flutuasse
em algum oceano claro.

Retorno quando,
enfim,
toco o céu.

A Grande Viagem II

E então descanso
os olhos na lua,
buscando uma saída
de toda essa selva.

Em um minuto
tudo é novo,
como as paredes desse
quarto,
ou a programação da TV,
ou ainda seu reflexo
no espelho da sala.

Você sente seu sorriso
largo no rosto
e sente seus olhos
enxergarem além.

Suas mãos riscam
o papel,
mas não compreende
de onde surgem
as
palavras.

Você percebe, então,
que não passa de um
receptador de lembranças
e um distribuidor de sensações
tão suas.

Você se vê ao espelho
e se convence
de que venceu,
embora a Grande Viagem pelo céu,
ainda atordoe
seu juízo.

Por Novos Desenhos em Nuvens.

Sonho acordado,
como que de olhos vendados
e
posso sentir teu rosto
e puxa-ló ao meu.

Passeio meus dedos
por todo ele,
sentindo teu cheiro
e todos os fios
de seus cabelos.

E então me sinto
confortável e
entorpecido e
embebido da luz
de uma lua
tão sensual quanto
teus olhos.

Então posso entender
que por anos
você esteve aqui.
Pelo menos por agora.
Pelo menos enquanto
eu descobria
novos desenhos em nuvens.

Para minha pequena, com amor.

Brilhe, pequena.

Ei, pequena criança,
perceba o lindo arco-iris
em seus olhos.

Veja,
foque bem
o espelho.

Busque no âmago
e encontrará a resposta
guardada por ai
em algum lugar teu.

Agora a pequena
cresceu.
O brilho do arco-iris
é diminuto, microscópico.
Mas ainda está lá,
a sete chaves,
em um poço profundo,
embora divertido.

Brilhe, pequena criança.
Reacenda,
ao menos por um instante,
esse aglomerado
de cores e paixões.

Ascenda
aos teus sonhos.

Rainha Louca.

Essa mulher que
é minha
invade a viagem
de maneira firme,
que chega a tomar o peito
de assalto.

Quando o conhaque
não sacia mais.
Quando o cigarro
não pode ser tragado.
Quando diamantes negros
fazem por completo minha cabeça,
simplesmente transpasso
a barreira do entendimento.

e sorrio.

Dou risada de saudade.
De tesão.
De expectativa e
de pura e latente
paixão.

E lá em cima
a verdadeira rainha louca,
é a que brilha
com o reflexo dos
nossos sonhos
tão loucos quanto.