sexta-feira, 27 de maio de 2011

Corpos cheios e trêmulos.

Como flor e espinhos
Como água quente em uma panela de aço
Como as cartas manchadas de batom
Como a garrafa de uísque
ou de vodka
Como uma fuzarca de marginalizados

Noite dentro de toda expectativa
de toda aquela velha ansiedade,
vontade, amizade em troca de
algumas palavras que confortem,
excitem, aticem, que mantenham vivo
tudo aquilo que se imaginara

Aquela mulher no alto de suas pernas,
coxas eu diria. No alto de suas coxas
grossas e atraentes e cheias de veneno,
me chamava pro campo de batalha,
mesmo sem saber.

Como as cartas de baralho
As caras e bocas e sons e suavidade
e mistério e declarações e ainda mais
as noções de puro tesão.

Teto e tela de vidro
dividindo sensações de ambos,
de muitos outros mais noite a fora,
corpos a dentro, copos vazios,
corpos cheios e trêmulos.

Aquela mulher no alto de suas coxas,
de suas emoções, de sua boca e seus peitos,
que eu tanto queria em minha boca, mãos,
peitos, sexo.

Entre antes de bater, fique,
tire toda essa roupa, jogue-se em minha cama,
tome algo, me tome e não diga nada,
até que o que se tenha a dizer sejam
os melhores e mais altos gemidos,
enquanto eu faço todo o trabalho.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Poemas para a mulher loira

1:40 da madrugada
enquanto meus dedos martelam
meu juizo perturbado
pela tua imagem nua naquele quarto
de motel barato.

1:40 da madrugada
e as horas parecem ser todas
iguais, mesmo que o tempo se mostre
nas cinzas do cigarro na minha mão.

Mulher, aquela vez em que
seus peitos eram alvo da minha boca
e de minhas mãos e de meu tesão latente
voce rebolava esse rabo branco e
delicioso bem no meu pau,
voce era minha e eu era totalmente entregue
a teus gracejos e nós riamos de tudo
que parecia ser realmente engraçado.

E teu sorriso que me era misterio
era a coisa mais prazerosa de ver
depois de teu corpo nu e gostoso
envolto no meu corpo não tão gostoso
assim.

Eu agarrava teus cabelos amarelos
e as vezes coloridos e presos
como se agarrasse uma bela caneca
de cerveja alemã,
e eu agarrava enquanto via
voce de quatro e voce dizia
‘me fode amor, me fode seu grande
canalha gostoso’.

Benzinho, voce é a melhor,
na cama, no quarto,
na varanda, ou em qualquer
lugar que seu corpo esteja proximo
ao meu ou mesmo longe,
de maneira que sejamos um,
mesmo que de forma capenga
e as vezes a quilometros de distancia.

Voce é a melhor e não é minha mais
embora todos meus esforços
tenham se voltado para isso.
___________

Como agua ou vodka eu queria
Aquele corpo e aquela voz toda para
Mim como se fosse apenas o que quisesse.
Idealizava sonhos, corpos nus, palavras ao vento,
Lentamente enquanto meu pau a desejava
Alimentando todo meu anseio.

Cobria-me do seu corpo
Antes que me cobrisse de mim mesmo
Mostrando toda minha face egoista
Inclusive aquela que mais me
Lamentava dias e noites e dias
Ainda que dias fossem poucos, assim

Calculava os passos e modos e sexos e
Andava sempre na linha como nunca,
Mesmo que a linha fosse torpe e
Indiscutivelmente errada sobre seus olhos
Loiros e seus cabelos azuis e sua boca
Atordoada pelos meus beijos e vontades.

Cartas que não li, ou não enviei, fizeram com que
Aquela mulher e seus olhos loiros e seus cabelos azuis e sua boca
Me esquecesse por horas, dias, meses até
Inundando de vodka um de meus copos de beber preferidos
Lançando sobre meus olhos aquela vontade insana de
Apontar todos os meus dedos contra ela e puxa-la de volta para mim.