Louco, Sonhador, Dual?
Um cigarro no canto da boca,
a xícara com café - frio - esperando
o próximo gole e as mãos
livres como o vento.
Louco, sem nexo, sem sexo,
sem saída exata e obrigatória
de meu corpo, como um muro
que se estende sempre que
o escalo, mais e mais alto.
A porta da percepção está aberta,
meus olhos se dilatam com a luz.
Voe, pássaro exótico com penas coloridas
e pretas e brancas.
Voe por onde precisa andar.
Ande por onde precisa descer.
Desça, mas não esqueça de voltar a voar,
e esqueça menos ainda
de alçar vôos
ainda mais lúdicos e doces.