sexta-feira, 27 de maio de 2011

Corpos cheios e trêmulos.

Como flor e espinhos
Como água quente em uma panela de aço
Como as cartas manchadas de batom
Como a garrafa de uísque
ou de vodka
Como uma fuzarca de marginalizados

Noite dentro de toda expectativa
de toda aquela velha ansiedade,
vontade, amizade em troca de
algumas palavras que confortem,
excitem, aticem, que mantenham vivo
tudo aquilo que se imaginara

Aquela mulher no alto de suas pernas,
coxas eu diria. No alto de suas coxas
grossas e atraentes e cheias de veneno,
me chamava pro campo de batalha,
mesmo sem saber.

Como as cartas de baralho
As caras e bocas e sons e suavidade
e mistério e declarações e ainda mais
as noções de puro tesão.

Teto e tela de vidro
dividindo sensações de ambos,
de muitos outros mais noite a fora,
corpos a dentro, copos vazios,
corpos cheios e trêmulos.

Aquela mulher no alto de suas coxas,
de suas emoções, de sua boca e seus peitos,
que eu tanto queria em minha boca, mãos,
peitos, sexo.

Entre antes de bater, fique,
tire toda essa roupa, jogue-se em minha cama,
tome algo, me tome e não diga nada,
até que o que se tenha a dizer sejam
os melhores e mais altos gemidos,
enquanto eu faço todo o trabalho.

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