sexta-feira, 15 de abril de 2011

Essa mulher.

Essa Mulher.

Essa mulher que me
escreve e eu escrevo pra ela,
me conta o que se passa
em sua vida.

Me conta em riqueza os
detalhes do sexo,
da discussão, da receita,
dos filhos e do que bebe
e escreve.

Essa mulher me manda
todas as vezes, o seu número
de telefone, mas eu nunca
ligo para ela.

Mandei meu número,
na ultima carta, sem esperança.
Então:
"Alô?"
"Ei, é você?"
"Sim, infelizmente."
"Os garotos acabam de
quebrar a janela da frente
e eu trepei com dois
ontem a noite."
"Que bom. Adeus."
"Beijos em você, baby."

A conta do telefone dela
nunca mais vai
ser a mesma
depois dessa
ligação.

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